Disfunção Erétil, tal como digo aos meus Doentes, é um alarme importante que se pode tornar uma excelente oportunidade para entrar numa estrada com qualidade.
Eis uma patologia pela qual sou procurado em consulta de Urologia, com muita frequência, por Homens, Casais e até Mulheres que vêm falar do seu Parceiro que teve vergonha de vir à consulta. Claro está que o meu primeiro objetivo é logo quebrar tabus, falsas crenças, ideias pré-concebidas, mitos, e tudo isso que não ajuda, bem pelo contrário.
Começamos então por falar abertamente sobre o que traz ansiedade ao casal, medos, anseios, dúvidas, e, só depois, partimos para o início da consulta. Aí, já não somos desconhecidos e, juntos, já iremos começar a tratar de um problema.
A disfunção erétil é uma patologia do foro urológico que consiste na incapacidade total ou parcial de manter uma ereção durante tempo suficiente para a satisfação sexual. Com o avançar da idade, a sua prevalência aumenta, contribuindo de uma forma muito notória a obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes e sedentarismo.
Independentemente da idade, claro que é normal ter uma vida sexual ativa. Muitas vezes, esta vida sexual terá que ser reajustada por diversas razões, mas tenha-se claro um conceito: o Homem e a Mulher são seres sexuados até ao fim da vida.
Porém, estima-se que existam 142 milhões de casos de disfunção erétil no mundo e, que este número tenha tendência a aumentar, dado existirem projeções que apontam para os 322 milhões de pacientes com esta patologia em 2025.
Como se pode combater? Pois bem, a primeira coisa a fazer é procurar ajuda. Nenhum problema desta complexidade terá a sua resposta num comprimido na internet, nem numa ampola que um amigo tem. Terá de ser muitas vezes traçada uma abordagem multidisciplinar, em que a atividade física, a adoção de estilos de vida, a toma de alguma medicação e, em alguns casos, a cirurgia poderão fazer parte da estratégia para passar a ter mais e melhor sexo, para uma melhor vida.
“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.”
Aristóteles